segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quando a gente acredita que é pra sempre

Lembro-me bem, era início de namoro, devíamos estar no terceiro mês e certa vez o pai estava indo me deixar na casa dele e quando chegamos lá ele falou: É aqui que mora o futuro pai dos teus filhos então?
Sorri de forma emocionada por ver meu pai com aquele sentimento de aprovação e então concordei, não sei por que, mas esse foi um momento que me marcou.

Lembro também de estar indo com ele pra sua casa, enquanto estávamos no elevador ele ia relatando tudo que estava sentido, o quanto ele precisava de mim pra ser feliz, que ele já não sabia mais ficar sem mim, aquilo me deixava extasiada.

Lembro da gente gritar um para o outro dentro do carro enquanto ele me levava pra pegar o ônibus "eu estou apaixonado por ti", aquilo me fazia vibrar, vivíamos de puro amor.

Lembro de quando saíamos certa noite de uma lancheria e ele queria gritar na rua que me amava e eu envergonhada não deixei.

Lembro de nossos dias de casadinhos em Porto Alegre, vivendo um para o outro.

Lembro da forma dele de me cuidar e se preocupar comigo, tirando o calçado dos próprios pés pra que eu usasse e não gelasse os pés no chão frio.

Lembro dele querer me ajudar na cozinha e sentir-se orgulhoso.

Lembro de cada cartinha escrita depois de uma despedida.

Lembro dos planos, de como seriam nossos dias depois de casados, quais seriam os nomes dos filhos e o quanto seríamos felizes.

Lembro das pessoas mencionando mesmo depois de 2 anos "esses parecem que se conheceram ontem pela forma que se tratam".

E é por isso e tantas outras coisas que me causa grande estranheza e dor a indiferença dele.






Nenhum comentário:

Postar um comentário