quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

3 meses depois

Três meses se passaram e rápido, muito rápido.
Foi uma experiência e tanto. Por vezes me vi sem chão e por ora me vi nas nuvens. Vi um pedaço de mim partir e me vi amadurecer. Senti o gosto amargo da rejeição e o doce do reencontro e do novo.  Me senti confusa em boa parte do tempo, as coisas por instantes deixaram de fazer sentido, mas já no outro segundo conseguia recuperar a nitidez da realidade: Estava sozinha e não era o fim do mundo. 

Pois ser sozinha, não ter alguém para compartilhar minha vida definitivamente não era algo que eu planejava ou imaginava para 2012. Mas com certeza tirei disto uma lição. Sigo errando, pecando da mesma forma que eu fiz durante o começo do ano, mas hoje tenho plena consciência do erro. 
Hoje me encontro na espera de alguém que desperte em mim a vontade de acertar, talvez venha logo, talvez não venha, mas estou tranquila, me sinto bem com as coisas do jeito que estão. Bem, mas não feliz. Mas é estranho, por que sinceramente, não sei onde está a felicidade. Tenho plena certeza de que se estivesse ainda com o Matheus não estaria feliz, talvez apenas pelo fato de ter ele ao meu lado, mas não feliz plenamente, assim como não estou feliz sozinha, apenas por poder fazer o que bem entendo como e quando quero, mas não é uma felicidade plena, é a felicidade de momento. 
Aquela que como esses dias conversei com meu Christian Grey (risos). Durante a semana tu está bem, feliz, esbanjando sorrisos, irradiando energia boa, há milhares de pessoas na tua volta, mas chega no sábado ou domingo e não ter aquela pessoa certa, aquela que te da a segurança da felicidade plena te esperando, é ruim, muito ruim. Peguei um desgosto interminável pelo finais de semana por isso, pela solidão que ele nos aplica. 

Bem, nesses três meses me permiti uma dose de luxúria e outra de gula, mas não de preguiça.. segui pecando, mas me dediquei inteiramente ao meu trabalho até dizer: chega, esgotei. Entretanto, relaxei na faculdade, Bagé tornou-se um lugar de encontros ao invés de estudar.. me desencontrei de mim. Aprendi a beber. Não tenho orgulho disso, apenas o sentimento de 'eu precisava ter feito isso e fiz'.  
Nesse tempo despertei paixões e acreditei ter me apaixonado, tive desejos carnais assim como fui desejada. Conheci mulheres que foram denominadas minhas sogras e até me tornei amiga de uma delas. Tenho pra dizer que no âmbito pessoal mais errei do que acertei, mas não me importo, só acredito que tudo foi necessário nesse momento.
Hoje, três meses depois, me sinto neutra. Há um vazio em mim, mas uma vazio que não doi, que não destroi e que nem me puxa pra baixo. É um vazio um pouco perturbador, mas  ao mesmo tempo tranquilizante. 

São três meses que parecem pesados, por representarem aproximadamente 90 dias sem o cara que achei ser o amor da minha vida, mas prefiro dizer que são 90 dias de um novo começo, de uma nova vida e de uma nova Raíssa.

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